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O INCENSAMENTO

Vários ritos de  tradições diferentes conservaram inúmeros vestígios das Iniciações antigas, porque a Verdade é uma, e é prudente que se conserve o que é bom onde quer que haja sido encontrado, a própria Igreja Católica guardou o uso dos perfumes ritualistas, e especialmente do incenso. Veem-se incensamentos profusamente repetidos nas suas cerimônias, especialmente todas as vezes que é útil exprimir-se a adoração, mostrar, por uma imagem viva, a oração que se eleva do coração dos fiéis sob o impulso do fogo que é caridade, e veemente amor de Deus. É nesta concepção que a arte cristã criou tantos maravilhosos incensórios que representam o coração cheio do fogo do amor divino e que, por vezes, aparentam a forma de uma igreja ou de uma cidadela, a fim de representar a comunhão dos fiéis unidos num mesmo sentimento de adoração e de fé.

Estas formas ritualistas não são naturalmente feitas para todos. No entanto, não se suponha que o uso dos incensamentos seja interdito aos particulares, que, ao invés, podem deles haurir grande força e servir-se utilmente para afastar os maus fluidos e outras influências perniciosas capazes de os perturbar fisicamente ou psiquicamente.

A ação dos perfumes, e sobretudo do incenso, é grande quer sobre si, quer em torno de si mesmo. Produz efeitos físicos e morais tanto sobre quem os queima, como sobre aqueles a cujo favor foi o incensamento. Estes efeitos são os mesmos de que falam os rituais egípcios.

Como todos os perfumes lançados ao fogo, o vapor aromático do incenso tem o poder de fazer vibrar ao redor de quem o queima um ar mais puro, livre de miasmas e de influências astrais impuras e pesadas. Quando se respira o seu perfume, sente-se que uma força dele emana e tange como poderoso leque tudo o que era mau em nós e em derredor de nós. Assim é que aconselhamos os incensamentos sobre si mesmo e ao redor de si, a todos os que se sentem numa atmosfera má e mesmo aos que se deixam muito facilmente obsedar por um pensamento, ou mau, ou somente fadigante pela sua continuidade. 

Fácil é constatar-se que o vapor do incenso age em tomo de si, por exemplo, nas casas, da mesma sorte que age sobre as pessoas e é bom queimar incenso nos apartamentos que se vão habitar de novo, não conhecendo sendo imperfeitamente as ações e vibrações dos que aí nos precederam. Muitos aborrecimentos, às vezes graves aborrecimentos, seriam evitados, se tomasse esta precaução, pois ainda mesmo sem serem totalmente impuras e más, as emanações de certas pessoas são completamente discordantes das nossas, do que resulta um mal-estar, que pode ter serias repercussões físicas e morais. E bom que se restabeleça a harmonia pelo poder do perfume.

Mas não convém somente preocupar-se com o seu próprio bem. O que fazemos por nós mesmos, fá-lo-emos melhor ainda e mais utilmente pelos outros. Empregamos cotidianamente os vapores de incenso para levar a calma as almas perturbadas e, por este meio, muitos tem se curado. Conforme os casos, empregamos ou o incenso puro, ou uma mistura de incenso, de mirra e de benjoim, que tem poderosos efeitos para "afastar os maus fluidos", como foi dito das unções no milenário ritual egípcio.

Queimado ao redor de um doente o incenso, só ou misturado cria um novo campo de indução para um magnetismo melhor dissipa as influências nefastas, que hajam sido enviadas conscientemente por uma força inimiga, ou que haja aparecido espontaneamente em um ser muito enfraquecido para poder subtrair-se ao seu poder. Afasta o espírito das obsessões que fatigavam e, muitas vezes, produz o sono e, ao menos, a calma que permite conciliar o sono. Assim, dessa maneira, favorece a cura, a renovação das forças superiores, o corpo físico do doente chega a receber as vibrações e as irradiações que lhes são favoráveis, desde que provem das forças amigas.

Quando se faz arder incenso numa casa, é conveniente fazê-lo sempre à mesma hora, de forma a criar um ritmo que traz sempre um poder novo e multiplicado à ação que se intentou. É bom que essa hora seja a mais calma possível, de sorte que vibração alguma estranha não venha perturbar a irradiação que queremos emitir. Por isso é que se deve escolher a mais favorável, evitando que haja circunstâncias especiais, como a volta de trabalhadores ou de escolares que fariam muito barulho.

Os nossos estudantes que fazem, suas práticas devocionais, fariam bem, à hora mais propicia, em queimar incenso, a fim de que, na tranquilidade que nasce desse perfume, a emissão de seu pensamento seja mais forte e mais regular, mais apta, por conseguinte, a se unir à egrégora rosa-cruz.

Além disso, este excelente aroma cria um ambiente favorável na casa, uma atmosfera de união e de doçura, um ambiente propício aos trabalhos intelectuais e espirituais.

Para que o incenso queimado de resultados de uma eficácia maior, convirá magnetizá-lo por si mesmo ou fazê-lo magnetizar. Com efeito, o magnetismo dá mais força e, especialmente, uma direção mais certa aos eflúvios e às irradiações que se quer emitir. É necessário que este magnetismo seja feito com fé e ardor e com a finalidade bem clara do efeito que se quer obter. Da mesma forma, ter-se-á uma calma mais profunda, uma atmosfera mais sã e mais pura, uma saúde física e moral mais irradiante e que permitirá derramar ao redor de si uma parte dos benefícios que se terão recebido.

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A NATUREZA INTEGRAL DO HOMEM

Os antigos gregos tinham na cidade de Delfos um famoso templo, em cuja fachada encontrava-se gravada a seguinte sentença: "HOMEM, CONHECE A TI MESMO". Diz-se que, no interior do mesmo, uma outra completava o mandamento: "PORQUE CONHECERÁS A DEUS" Realmente, toda a existência da alma, em suas inumeráveis existências temporárias, nada mais é que o processo de chegar a conhecer a si mesma e, com isso, realizar integralmente a sua inerente natureza divina.

São Paulo, o grande apóstolo e iniciado cristão, em uma de suas epístolas, afirmava que o homem é CORPO, ALMA e ESPÍRITO. Essa definição está inteiramente de acordo com o Esoterismo de todas as grandes religiões e consta de outros textos sagrados, muitas vezes, com outras palavras e, algumas vezes, sob símbolos ou alegorias. O ser humano combina todos esses aspectos e podemos entender outro que a citada apresentação do fundador do Cristianismo entendia: o homem é Matéria ou Corpo; Consciência, ou Alma e Vida, ou Espírito.

Esotericamente, em relação à natureza da consciência e da matéria, o homem é um ser sétuplo, como tudo no universo, porque tanto a consciência em suas manifestações como a matéria em sua constituição, apresentam-se em sete modalidades vibratórias, por meio de sete instrumentos veículos ou, mais comumente, corpos.

O Espírito, divino em essência, é UNO com tudo que existe no cosmo, daí resultando a doutrina da UNIDADE DE TODA A VIDA, divulgada em muitas obras a partir do final do século passado e constante, inclusive, das próprias instruções do fraternidade rosa-cruz. 

Porém, o ser humano, deve passar por inúmeras, incontáveis formas mesmo antes de tornar-se um ser consciente e, depois disso, até a sua total iluminação espiritual. Por outro lado, esses corpos, como o aspecto da matéria naquela definição paulina, são da mesma constituição do que são chamados planos da natureza, ou seja, tais veículos são construídos da mesma matéria do plano respectivo, por exemplo, o corpo físico é constituído da matéria desse plano, o mais ínfimo, nas suas apresentações nos estados sólido, líquido e gasoso. E dividido em duas partes; essa chamada DENSA e a outra, de estados etéricos, formando o corpo vital com seus "chacras"

No estado atual da evolução atingido pela humanidade, a grande maioria já desenvolveu esse veículo até um certo ponto bem adiantado tendo, porém, à sua frente, novos avanços. Vem em seguida, interpenetrando, em graus vibratórios mais sutis, esse plano cuja matéria torna possível a manifestação das sensações, dos desejos e das emoções, chamado de Astral ou Emocional. Sabe-se que a grande massa da humanidade ainda está desenvolvendo-o, desde as mais inferiores condições. Mais acima, em graus mais adiantados ou sutis, vem o Plano mental, dividido em duas seções: uma denominada "mental concreto", a inferior, porque o "mundo" de nossos pensamentos comuns, analisando, separando, avaliando, etc., e a outra, mais elevada, chamada "abstrata", que é o plano dos ideais, de uma consciência maior das coisas. Nessa parte do plano, aprendemos que está localizado o EU SUPERIOR, como um reflexo da Centelha Divina, a verdadeira natureza do Ser.

Mais acima do mental, vem o chamado Intuicional, também dito Búdico ou Crístico, porque é o mundo da unidade, da qual o Senhor Cristo é o símbolo universal. Intuição aqui não significa o comum processo mental que, pelas nossas experiências acumuladas, nos faz chegar a conclusões ou a conceitos instantâneos, mas é o sentido de uma percepção, como diríamos, mais imediata da verdade ou da verdadeira natureza das coisas. Acima desses ainda são encontrados mais planos, cuja complexidade impede de tratar num breve texto como esse. Porém, devemos entender que os mais elevados, acima do físico, interpenetram os abaixo. Talvez possamos dizer que Jesus a eles se referiu, ao afirmar: "NA CASA DE MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS".

Para encerrar, voltamos ao início, compreendendo pelo menos em parte aquele significado de conhecermo-nos a nós mesmos para compreender a Deus, porque somos o que o mesmo iniciado afirmava:

VOS NÃO SABEIS? VÓS SOIS DEUSES, SOIS FILHOS DO ALTÍSSIMO". Recordemos sempre isso.

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