Mens sana in corpore sano

 


"Tudo no universo é constituído de energia. Os físicos quânticos descobriram que os átomos físicos são feitos de vórtices de energia que estão o tempo inteiro a girar e a vibrar. A matéria, em seu menor nível, é energia pura e a consciência humana pode influenciá-la e até mesmo reestruturá-la".

Não é mais novidade a cura das doenças físicas e mentais por processos espirituais. Todas as escolas espiritualistas são unanimes em proclamar que a mente é um instrumento muito importante que quando mal direcionada pode nos conduzir a estados mórbidos. Atraímos as enfermidades por pensamentos e sentimentos. Por pensamentos, criando uma matriz desta ou daquela doença, apenas por suspeitarmos ou recearmos que tal ou qual estado doentio nos atinge.

Se em tempo não afastarmos da mente este quadro sinistro, mais cedo ou mais tarde ele se manifestará em nossos organismos. O medo, que é um estado mental negativo e altamente depressivo, vibrando em nossas células, enfraquece-as e dá entrada a toda espécie de sofrimentos.

O sentimento de ira é um dos grandes causadores de males. A ira impregna a célula nervosa, fazendo-a vibrar com intensa velocidade, envenenando o sangue e enfraquecendo-nos.

A inveja é outro sentimento negativo; sabemos quando atrasa o indivíduo, debilitando o seu organismo e predispondo-o às inúmeras doenças existentes. O egoísmo, a paixão desenfreada e a luxúria, são outras tantas fontes de males.

Que adiantará um tratamento puramente químico a um destes “enfermos”? Nada, ou quase nada.

Só o médico espiritualista, por processos metafísicos, pode conseguir a cura de quem adoeceu por um súbito acesso de cólera.

Os espíritos fracos, que ante um tremendo susto – a perda inesperada de um parente, um acidente em seus negócios – se descontrola a ponto de perder a razão, só conseguirá readquiri-la por meios espirituais.

Todos temos tido experiências de que basta, tão somente, uma conversa agradável à cabeceira de um enfermo para o vermos encorajado e mais bem disposto.

Por isso é que recomendam os Mestres para não falares em doenças perto de um enfermo. Aliás, deveríamos ter sempre em mente pensamentos de saúde, de paz, de felicidade. Quanto mais deixarmos nossos cérebros à mercê de ideias destrutivas, mais receptivos ao mal nos faremos.

É obra salutar e de alto alcance, a dos sanitaristas oficiais, quando em face de epidemias não deixam alarmar a população. Muito acertadamente agem prevenindo o povo que se acautele, mas não o alarmando.

O medo individual já é o veículo de contágio; o medo coletivo é, então, a própria disseminação e inoculação do vírus na espécie humana.

O medo atrai; o medo diminui a resistência orgânica transformando-a num vasto campo de receptividade à invasão do mal.

Aos espiritualistas cabe uma boa dose de responsabilidade própria e coletiva.

É hábito entre os amigos, quando se reúnem, relatarem suas enfermidades, ou de que foram vítimas pessoais de suas famílias. Soubessem o mal que causam a si próprios e a seus semelhantes procurariam não tocar em tais assuntos e manter apenas palestras agradáveis.

É baseado nos conhecimentos que temos sobre a vibração da palavra que aconselhamos boas e agradáveis conversas no seio das famílias. Cada palavra que emitimos vibra harmonicamente com as ondas etéreas e nos traz a resposta, boa ou má, conforme foi a intenção ao proferi-la.

Se durante uma meia hora que seja, tendo a mente altamente concentrada, vibrarmos palavras de saúde para um doente, este se sentirá melhorar pouco a pouco. Assim também será o inverso: se falarmos em calamitosas epidemias, em perigosas enfermidades, em melindrosas operações cirúrgicas, contribuiremos para que seres sensitivos e receptivos se contaminem e sofram.

Semeemos nossas mentes com banhos de saúde, com otimismo, e teremos contribuído para auxiliar a cura dos enfermos e preservar a saúde dos sãos.

** 'Mens sana in corpore sano' é uma famosa citação de origem latina que significa "uma mente sã num corpo são". A expressão é derivada da Sátira X de autoria do poeta romano Juvenal. No contexto do poema, a frase faz parte da resposta do autor à questão sobre o que as pessoas deveriam desejar na vida.

Práticas Diárias

 


Medita sobre os defeitos de teu caráter, descobrindo por completo os teus vícios e os fugazes prazeres que te proporcionam, e, determina-te firmemente a fazer tudo quanto possas para não ceder novamente a eles. Que esta autoanálise te conduza ao tribunal de tua própria consciência, facilitando o teu progresso espiritual em um grau que não poderás imaginar.

Enquanto te lavas ou banhas, exercita a tua vontade, desejando que as impurezas morais se eliminem ao mesmo tempo que as corporais.

Em tuas relações com os demais, observa as seguintes regras:

1) Nunca faças nada que não seja de teu dever, isto é, nada desnecessário. Antes de fazeres uma coisa, reflete se deves fazê-la.

2) Não fales nunca palavras ociosas. Antes de pronunciá-las, pensa no efeito que poderão produzir. Nunca quebre os teus princípios de conduta por considerações de amizade.

3) Que nunca ocupem tua mente os pensamentos vãos e inúteis. Isto é mais fácil dizer do que fazer. Não é possível disciplinar a mente de um momento para o outro. Assim, no começo, procure evitar os maus pensamentos, ocupando-te no exame de tuas faltas ou na contemplação dos Seres Perfeitos e Excelsos.

4) Durante as refeições exercita a tua vontade, desejando que o alimento te seja propício para construir um corpo em harmonia com tuas aspirações espirituais e não engendrar nas paixões e nem pensamentos malignos. Come unicamente quando tenhas fome e bebe quando tenhas sede, e nunca de outro modo. Se um prato especial afaga o teu paladar, não cedas à tentação de comê-lo tão somente para satisfazer o teu gosto e sim porque é saudável e te fará bem na dose certa. Lembra-te de que o prazer que dele obtenhas não existia alguns minutos antes e que cessará de existir alguns segundos depois, porque é um prazer transitório que se transformará em dor se te renderes à gula, ao excesso. Considera que só dá prazer à boca, e se te deixas seduzir por aquele manjar e te conturba o apetite de saboreá-lo, não te envergonharás de cometer qualquer ação para obtê-lo. Repare que existem outras coisas que te podem dar felicidade eterna e, portanto, é evidente loucura concentrar teus afetos nas coisas transitórias. Lembra-te de que não és o corpo e os sentidos; por conseguinte, não te podem afetar realmente o abuso dos prazeres ou as dores que o corpo goze ou padeça. Pratica a mesma série de raciocínios no caso de qualquer outra tentação, ainda que fracasse amiudadas vezes acabarás por conseguir êxito.

5) Não leias muito. Se leres durante dez minutos, reflete durante algumas horas. Acostuma-te ao silêncio e a permanecer a sós com os teus pensamentos. Aprende a CONTEMPLAR, a ir ao TEMPLO DA NATUREZA. Assimila a ideia de que senão tu mesmo podes ajudar-te a desviar gradualmente teus afetos e apegos de todas as coisas.

6) Antes de entregar-te ao sono, ore como fizeste pela manhã. Recorda o trabalho diário e trata de verificar as tuas falhas tomando a resolução de não tornar a incorrer nas mesmas faltas no dia seguinte. RE-COR-DAR é voltar ao Coração e ouvir a Voz Divina.  

** Faça sempre a prática da Auto-observação a fim de que tudo o que diga tenha a sabedoria do verbo - luz, do verbo – amor e do verbo - vida.

A Lenda de São Cristóvão

 



Antes de ser cristão, Cristóvão se chamava Offerus (22); era uma espécie de gigante, pouco inteligente (21). Quando fez uso da razão, empreendeu viagem, dizendo que queria servir ao rei mais poderoso da terra (19). O encaminharam à corte de um rei muito poderoso (4), o qual ficou muito contente pela oportunidade de ter um servidor (5) tão vigoroso. Um dia, o rei, ao ouvir que um jogral * pronunciava o nome do Diabo (15), fez, aterrorizado, o sinal da cruz.

- Por que fazeis isso? perguntou na hora Offerus.

- Porque tenho medo do Diabo, lhe respondeu o rei.

- Se o temes, é que não sois tão poderoso como ele. Neste caso, quero servir ao Diabo (6). Dito o qual, Offerus partiu dali.

Depois de uma longa caminhada em busca do poderoso monarca, viu aproximar-se em sua direção uma numerosa tropa de cavaleiros vestidos de vermelho; seu chefe, que era negro, lhe disse:

- A quem buscas?

- Procuro ao Diabo para servi-lo.

- Eu sou o Diabo. Segue-me.

E eis aqui Offerus incorporado aos seguidores de Satã. Um dia, depois de muito cavalgar, a tropa infernal encontra uma cruz a beira do caminho; o Diabo ordena dar meia volta.

- Por que fizeste isto? Perguntou-lhe Offerus, sempre desejoso de instruir-se.

- Porque temo a imagem de Cristo.

- Se temes a imagem de Cristo é que sois menos poderoso que Ele; em tal caso, quero entrar ao serviço de Cristo.

Offerus passou sozinho diante da cruz (20) e continuou seu caminho. Encontrou um bom ermitão (9) e lhe perguntou onde poderia encontrar a Cristo.

- Em todas as partes, respondeu-lhe o ermitão.

- Não entendo – disse Offerus -; porém, se me haveis dito a verdade, que serviços pode prestar-lhe um rapazote robusto e atento como eu.

- Se lhe serve com a oração, o jejum e a vigília – respondeu o ermitão.

Offerus fez uma careta. – Não há outra maneira de ser-lhe agradável? perguntou.

O ermitão compreendeu a classe de homem que tinha diante de si e pegando-o pela mão (11), conduziu-o a beira de uma impetuosa corrente que descia de uma alta montanha (16), e lhe disse:

- Os pobres (17) que cruzaram estas águas se afogaram (13); permanece aqui e translada para a outra beira, sobre teus fortes ombros, àqueles que pedirem. Se procederes assim por amor a Cristo, Ele te admitirá como seu servidor (8).

- Assim procederei por amor a Cristo (14), respondeu Offerus. E então construiu para si uma cabana na barranca do rio e começou a transportar de noite e de dia aos viajantes que o pediam.

Uma noite (18), oprimido pela fadiga, dormia profundamente; alguns golpes dados em sua porta o despertaram e ouviu a voz de uma criança (7) que o chamava três vezes (3) por seu nome. Levantou-se, subiu a criança (que era um menino) sobre seu pescoço e entrou na torrente. Ao chegar a sua metade, viu que a torrente agora se enfurecia, que as ondas se avolumavam e se precipitavam sobre suas musculosas pernas para derrubá-lo. Offerus aguentava o melhor que podia, porém o menino pesava como se fosse uma enorme carga; então, temeroso de deixar cair o pequeno viajante, arrancou uma árvore para apoiar-se nela; porém a corrente continuava crescendo e o menino se fazia cada vez mais pesado. Offerus, temendo que se afogasse, levantou a cabeça para ele e disse:

- Menino, por que Te fazes tão pesado? A mim me parece como se estivesse transportando o mundo. O menino respondeu:

- Não somente transportas o mundo, mas também aquele que fez o mundo (1). Eu Sou Cristo, teu Deus e Senhor. Em recompensa de teus bons serviços (10), Eu te batizo (2) no nome de Meu Pai, no Meu Próprio e no do Espírito Santo; daqui por diante, chamar-te-ás Cristóvão.

Desde aquele dia, Cristóvão percorreu a Terra para ensinar a palavra (12) de Cristo.

(Prédica Gnóstica do dia 11/07/21 - Bispo João II)

* Jogral (do provençal joglar, substantivação do adjetivo latino joculáris,e: 'divertido, burlesco, risível'), na lírica medieval, até o século X, era o artista profissional de origem popular

As 22 cartas do Tarot na história acima:

22 – O Regresso (o homem que está no Mundo e ainda é movimentado pelas forças inferiores resolve mudar = Offerus

21 – A transmutação = Quando fez uso da razão (O tolo)

19 – Inspiração – Servir ao rei mais poderoso da Terra.

04 – O Imperador = Um rei muito poderoso

05 – O Hierarca = O servidor

20 – Ressurreição = Ao serviço do Cristo passou sozinho diante da cruz.

15 – O Diabo (Paixão) = Um jogral pronunciava o nome do Diabo.

06 – Indecisão = Neste caso quer servir ao Diabo

09 – O eremita = O bom ermitão

11 – Persuasão = e pegando-o pela mão

17 – A Esperança = Os pobres ...

13 – A Morte, a Imortalidade = ...que cruzaram estas águas se afogaram.

16 – Fragilidade = (A Torre atingida) impetuosa torrente que descia de uma alta montanha.

08 – A Justiça = Seu servidor

14 – A Temperança = Assim procederei por amor a Cristo

18 – O Crepúsculo = Uma noite...

07 – Triunfo = Uma criança (O iniciado real)

03 – A Imperatriz = Três vezes (é também Binah, na Cabala)

10 – Retribuição = Em recompensa de teus bons serviços.

02 – A Sacerdotisa = Eu te batizo

01 – O Mago = Aquele que fez o mundo (Kether, a Coroa)

12 – O Apostolado = Ensinar a palavra.

O Mito da Caverna

O Mito da Caverna

 No pórtico do templo dedicado a Apolo, em Delfos, havia uma inscrição: "Conhece-te a ti mesmo." Sócrates, cujo nome significa "mestre da vida", acreditava que aquele dístico era a pedra fundamental no caminho do conhecimento e da sabedoria. Considerado o homem mais sábio da Grécia pela própria pitonisa de Delfos, enunciou sua célebre conclusão a respeito: "Sei que não sei".

A afirmação paradoxal que ele era sábio porque "sabia que não sabia" contém implícita a tese de que o conhecimento da ignorância é o começo da sabedoria.

Nos "Diálogos" de Platão aparece a figura de Sócrates como um hábil questionador que usa, principalmente, de ironia para transmitir dúvidas aos interlocutores, representados por homens tidos como cultos, entre sacerdotes, poetas, militares, políticos, em sua pretensiosa sabedoria. O teste final consistia em indagar se o dialogador "sabia a ignorância expressa em sua questão...".

Em outra obra clássica, "A República", Platão também desenvolve muitas ideias de seu mestre Sócrates. No livro VII, a parábola da caverna tornou-se um marco filosófico no pensamento ocidental sobre processos de mudança social, educação e desenvolvimento.

A alegoria pode ser resumida como segue:

"Havia seres humanos vivendo numa caverna subterrânea com uma abertura para o exterior e a luz. Eles estavam lá desde a infância; suas pernas e pescoços estavam acorrentados de tal modo que não se podiam mover; só podiam olhar para a frente, para a parede do fundo da caverna, pois eram impedidos de virar a cabeça por causa das correntes. Havia um fogo ardente, à distância, que projetava sobre a parede do fundo as sombras de pessoas e objetos que passassem atrás.

"Assim os prisioneiros da caverna, que só podiam olhar para aquela parede, acreditavam que as sombras que viam eram a realidade, e passaram a distingui-las e nomeá-las, associando-as às formas que viam e aos sons que ouviam. As sombras eram a sua verdade, a realidade do seu mundo."

"Imaginando que um deles pudesse libertar-se das correntes, pôr-se de pé, virar a cabeça e olhar para o fogo, ele sofreria com a súbita e intensa luminosidade e não poderia ainda ver a nova realidade. Ele precisaria acostumar-se com a claridade do fogo e a visão do mundo superior, além da caverna. Veria primeiro as sombras, depois os reflexos de homens e objetos na água e então os veria diretamente; depois veria o céu. O sol e poderia raciocinar sobre ele. Esta é a sequência do conhecimento."

"Imagine-se que este homem retornasse à caverna. Teria dificuldades para acostumar-se novamente à semiescuridão e para interpretar as sombras com habilidade, como seus antigos companheiros faziam. Estes diriam que ele voltara enxergando menos que antes e ridicularizariam suas ideias, não acreditando na estranha realidade que lhes era relatada."

"Os prisioneiros concluiriam então que era melhor não sair da caverna, não rejeitar as sombras tão familiares, e que era extremamente perigoso aventurar-se lá fora. E se o regressado insistisse em suas ousadas e esquisitas opiniões, seria julgado um perturbador da ordem e condenado por tal conduta ultrajante."

A parábola da caverna, escrita no século IV a.C., discute as relações entre aparência, realidade e conhecimento, temas apaixonantes, atuais e ainda não esgotados no limiar do século XXI.

A caverna simboliza o mundo da visão aparente; a luz do fogo, o sol; a jornada do exterior, a subida ao mundo intelectual, do conhecimento e do bem. O mundo inferior ou visível é composto de sombras, aparências disformes da realidade, e é habitado por homens que se tornam prisioneiros de suas crenças e opiniões baseadas simplesmente no que enxergam. O mundo superior, o inteligível, é a verdade, a realidade na qual os homens são livres para ver a luz, o sol, o mundo, a existência.

Passar do mundo das aparências para o mundo da realidade requer coragem para assumir riscos, motivação para mudança, mente aberta.

Na organização, em geral, a maioria das pessoas age como os prisioneiros da caverna, acomodados em suas crenças ortodoxas que bloqueiam novas ideias e visões, tal qual as correntes da alegoria de Platão.

Os poucos inovadores corajosos, que conseguem libertar- se das correntes e trazer visões originais, costumam ser objeto de escárnio, desconfiança, desagrado, hostilidade. Se insistem em seus argumentos, podem por vezes chegar a sofrer sanções^ como isolamento, transferência, afastamento do cargo ou até exoneração - consumando-se sua execução simbólica, replicado julgamento, execração pública e condenação à morte de Sócrates, por estar pervertendo a juventude com suas ideias extravagantes, falsas e deletérias...

Conclusões acerca do Mito da Caverna

A metáfora proposta pela Alegoria da Caverna pode ser interpretada da seguinte maneira:

Os prisioneiros: os prisioneiros da caverna são os homens comuns, ou seja, somos nós mesmos, que vivemos em nosso mundo limitado, presos em nossas crenças costumeiras.

A caverna: a caverna é o nosso corpo e os nossos sentidos, fonte de um conhecimento que, segundo Platão, é errôneo e enganoso.

As sombras na parede e os ecos na caverna: sombras e ecos nunca são projetados exatamente do modo como os objetos que os ocasionam são. As sombras são distorções das imagens e os ecos são distorções sonoras. Por isso, esses elementos simbolizam as opiniões erradas e o conhecimento preconceituoso do senso comum que julgamos ser verdadeiro.

A saída da caverna: sair da caverna significa buscar o conhecimento verdadeiro.

A luz solar: a luz, que ofusca a visão do prisioneiro liberto e o coloca em uma situação de desconforto, é o conhecimento verdadeiro, a razão e a filosofia.

Mito da Caverna visto na atualidade:

Trazendo a Alegoria da Caverna para o nosso tempo, podemos dizer que o ser humano tem regredido constantemente, a ponto de estar, cada vez mais, vivendo como um prisioneiro da caverna, apesar de toda a informação e todo o conhecimento que temos a nossa disposição.

As pessoas têm preguiça de pensar. A preguiça tornou-se um elemento comum em nossa sociedade, estimulada pela facilidade que as tecnologias nos proporcionam. A preguiça intelectual tem sido, talvez, a mais forte característica de nosso tempo. A dúvida socrática, o questionamento, a não aceitação das afirmações sem antes analisá-las (elementos que custaram a vida de Sócrates na antiguidade) são hoje desprezados.

A política, a sociedade e a vida comum deixaram de ser interessantes para os cidadãos do século XXI que apenas vivem como se a própria vida tivesse importância maior que a preservação da sociedade. As notícias falsas estão enganando cada vez mais pessoas que não se prestam ao trabalho de checar a veracidade e a confiabilidade da fonte que divulga as informações.

As redes sociais viraram verdadeiras vitrines do ego, que divulgam a falsa propaganda de vidas felizes, mas que, superficialmente, sequer sabem o peso que a sua existência traz para o mundo. A ignorância, em nossos tempos, é cultivada e celebrada.

Quem ousa opor-se a esse tipo de vida vulgar, soterrada na ignorância, presa na caverna como estavam os prisioneiros de Platão, é considerado louco. Os escravos presos no interior da caverna não percebem que são prisioneiros, assim como as pessoas que estão presas na mídia, nas redes sociais e no mar de informações, muitas vezes desinformantes, da internet, não percebem que são enganadas.

Vivemos na época do predomínio da opinião rasa, do conhecimento superficial, da informação inútil e da prisão cotidiana que arrasta as pessoas, cada vez mais, para a caverna da ignorância e do fanatismo social, político, religioso e metafísico.

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