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Natividade


 NATIVIDADE

É antiquíssima a festa da Natividade através da história e das tradições religiosas, observa-se que todos os povos primitivos a celebraram e que ultimamente o Cristianismo a adotou a partir do século IV. O Papa Julius (337 a 352 DC) foi quem a instituiu pela primeira vez, dando-lhe forma eclesiástica oficial, mas Santo Agostinho a mencionava anteriormente (Sermão 190), como sendo uma festa puramente, pagã para celebrar e nascimento do Sol. Entretanto, mais tarde o Bispo de Turim Maximus, protestou contra esta festividade, pois alegava que sendo uma festa pagã, era indigno celebrar com ela o nascimento do Messias.

O maquineu Faustus volta a se enfrentar com Santo Agostinho para criticar lhe que dita festa seja celebrada pelos Cristãos, vez que os Pagãos a tinham só para celebrar o Solstício de Inverno. O Papa Leão I não se conformou tão pouco com este proceder, sustentando que o Diabo deveria haver inspirado seguramente ao seu antecessor, para que houvesse decretado a celebração desta festa no dia preciso em que se celebrava, segundo ele, o nascimento do Deus Solar.

Realmente esta festividade puramente oriental, vem a ser de origem egípcia, pois no Solstício de Inverno eles celebravam o nascimento de Hórus, filho de Isis, no Templo de Sais.

Macrobio, nas Saturnalias de Roma, fala nesse simbolismo tão famoso, mediante o qual aparece um Menino no berço, no preciso momento do nascimento do Sol. O Egito, em épocas remotíssimas, celebrava o nascimento do Sol nessa data e pode comprovar-se que mencionada festa é nitidamente ária ou nórdica da época pré-indogermanica.

Na Mitologia nórdica figura esse menino sobre uma roda e em vários idiomas se chama essa festa de A FESTA DA RODA ou A FESTA DO SOL. Também se observa que os Persas celebravam na noite de 25 de dezembro o nascimento de Mitras e os Mexicanos dedicam também a ditosa data à celebração do nascimento de Quetzalcoalt.

Em Sânscrito encontramos esta festividade para lembrar o dia de Svarga, ou seja, a Festa da Luz, da irradiação, do brilho. A mesma palavra serve no Oriente para designar a Cruz e ao Filho de Deus. Historicamente se discute se foram os Persas os primeiros a estabelecerem esta festa da Natividade ou se lhes antecederam os egípcios.

Não é sempre Belém o lugar que indicam como berço desse menino. Os Sírios designavam a Thamus. Logo existe uma confusão entre o nome desta mesma cidade e o Deus Thamus e umas vezes fazem figurar este vocábulo como o da Cidade e outras como o do Deus.

O mesmo tradutor da Bíblia, Jerônimo, conta que no presépio de Belém, havia estado anteriormente Thamus, mas ele supõe que se trate do Adônis dos Gregos. Isto demonstra que o santo tradutor aceitava que Adônis houvesse vivido como homem de carne e osso.

Tão pouco a Virgem Maria é um símbolo novo. Isis dá vida a Horus, Istar a Thamus. Mas o curioso é que nessa época o Sol entrara na constelação de Virgo e daqui surgiu a confusão entre Virgo e Virgem Mais curioso é que anteriormente o Sol havia estado em Capricórnio Assim resultou que sendo Capricórnio antes de Virgo, o façam passar por Pai dessa constelação e como Capricórnio, no simbolismo oriental, estava representado por um Carpinteiro, não há dúvida que veio de novo a confusão de um Carpinteiro José como esposo de Maria ou a Virgem.

Tantos os bois como as mulas e outros animais que figuram ao redor do presépio são simbolismos puramente astronômicos, isto é, são estrelas. O mesmo berço simboliza uma estrela.

Os Livros Apócrifos falam muito claro e se vê por eles que o Cristianismo primitivo, o pré-judeu, foi essencialmente culto solar. Estava dedicado ao Deus CRESTOS, ao Crestos Cósmico manifestado pelo Sol e os Judeus foram os primeiros que animaram Jesus para que se apresentasse como Messias. Mais tarde, crucificaram-no quando não quis ser instrumento cego de sua política. Mais tarde ao formar os Livros Sagrados, tudo aquilo que recordava Culto Solar foi separado intencionalmente e só os Gnósticas lutaram por esse culto primitivo. O mesmo São João acentuou aquelas palavras de “EU SOU A LUZ” reconhecendo em Jesus um símbolo solar.

Nos Mistérios Germânicos tinha um berço de ouro onde colocavam um menino na noite da Natividade, representando ao Sol nascente e ao chegarem os sacerdotes romanos, admiraram-se desse costume e trataram de aboli-lo por haver sido instituído, segundo eles, pelo Demônio.

Algo muito semelhante se repetiu séculos mais tarde no México com a chegada dos Sacerdotes Romanos, a quem foi sumamente fácil culpar o Diabo coma causa de tal costume.

Assim pois, a verdadeiro Cristianismo, é um culto nitidamente solar que materializou o Cristianismo Romano e o primeiro pode nos servir sempre como norma de Religião esotérica e como guia moral para os povos. Os Rosa-Cruzes sempre sustentaram estes princípios sem variação de nenhum género. Nós, como Rosa-Cruzes e como espiritualistas, escutamos com nossa habitual tolerância a todos quantos exponham uma teoria ou sigam um caminho mais ou menos certo, agora que nossa única meta é contribuir que se desenvolva o "SOL" que domina dentro de nós e opormo-nos aos que pretendem elevar o astro físico à categoria de Deus. O Sol que vemos, não é Deus. Atrás desse Sol ao nosso alcance, há repetimos um Sol Central que é precisamente o Mediador, o verdadeiro Sol, o verdadeiro Cristo, cujos raios atuaram diretamente sobre o Nazareno, mas atrás desse Sol Central, atrás desse Cristo Cósmico, há AQUELE INOMINADO que se chama Deus. Algo tenha o nome que tenha segundo a religião e raça que sempre será um mistério IMPRONUNCIAVEL, mas diante de quem caímos de joelhos pedindo Luz e elevação até ELE.

Dr. Krumm Heller


*Artigo publicada na Revista Rosa Cruz, ano IX, Berlim, 27 de dezembro de 1935 número 9. Edição em espanhol.


“Ainda que Cristo nascesse mil vezes em Belém, Se não nascer dentro de ti, tua alma ficará perdida. Em vão olharás a Cruz do Gólgota. A menos que dentro de ti, ela seja novamente erguida".

                                                            Ângelus Silesius

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Os Mestres

OS MESTRES

Dizeis que a cada passo ouvis falar de Mestres, que as revistas espiritualistas os citam com frequência, que tendes amigos que têm o seu Mestre, mas que jamais vistes a sombra de um.

Para que possais ver um Mestre é necessário que estejam abertas as portas de vossa percepção espiritual, e, enquanto isso não sucede, ainda que vivais ao lado de um Mestre, ainda que ele no mundo material pareça ser o vosso amigo mais íntimo, não o vereis nem o reconhecereis como tal.

E depois, para que vos serviria um Mestre ? Que ireis pedir-lhe ? Êxito na vida?

Por certo, já muito pedistes a presença de um Mestre, mas em vão. E a razão é bem simples; um Mestre é um Ser Sublime, superior a toda ideia que possamos ter. Que utilidade teria para nós a sua presença, uma vez que seriamos incapazes de compreender seus fins e objetivos ? Nos que somos a personificação do egoísmo, da vaidade, e do amor-próprio, quando eles, ao contrário, são a mais perfeita expressão do Amor Universal do desinteresse e do altruísmo, levados a limites inconcebíveis.

As crianças das escolas primárias têm professores adequados às suas necessidades. Uma preleção de Einstein seria para elas incompreensível e absurda. E que interesse teria por sua vez Einstein de ensinar num jardim de infância? O presidente de uma grande empresa industrial apenas tem contato com os membros da diretoria e funcionários de categoria. Não se vai dirigir por certo aos operários ou a simples funcionários descuidando dos seus deveres para preocupar-se com tarefas que podem perfeitamente ser desempenhadas por seus subordinados.

Assim como em toda organização humana há ordem. Hierarquia Oculta, que é a expressão de Deus no Universo, as coisas estão constituídas com a mesma ordem, método e lógica. A perfeição é absoluta e reina a mais rigorosa ordem. A hierarquia não é uma palavra, é a própria natureza viva. Cada um tem o seu posto, sua missão que deve executar com o máximo de cuidado e atenção. As crianças, sob o ponto de vista espiritual, são orientadas por seus instrutores adequados, que por sua vez são assistidos por outros mais adiantados, e assim sucessivamente. Todos, sem exceção, consciente ou inconscientemente frequentam centros de instrução, onde lhes são proporcionadas experiências e circunstâncias que lhes permitam o mais rápido e harmonioso desenvolvimento das qualidades de sua alma, às vezes nem sempre de acordo com a conveniência da Evolução. Mui raramente os desejos da personalidade são compatíveis com as necessidades do Ego. O pai nem sempre pode satisfazer todos os desejos do filho, porque possuindo a experiência e uma ampla visão, sabe o que realmente convém à criança.

Os mestres existem na realidade e muitos discípulos têm privilégio do seu contato.

A vida do discípulo não é, certamente, uma vida de êxito e felicidade, mas uma vida de abnegação, renúncia, de boa vontade, de altruísmo e de uma obediência perfeita à vontade do Senhor. A vida do discípulo deve ser impessoal, de aspiração constante e de luta incessante para alcançar a meta. Esse é o caminho, e, se perseverardes, podeis estar absolutamente certos de que, sem dúvida alguma, encontrareis primeiramente vosso instrutor, e depois o vosso MESTRE.

DMC


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Hermes
Hermes Trismegisto

Hermetismo e Joanismo

Os livros atribuídos a Hermes Trismegisto constituem o reflexo, o resultado de um ensinamento primitivo, cujos ecos são encontrados na religião egípcia antes de sua alteração; pois, no tempo de Heródoto, os sacerdotes egípcios já não compreendiam mais o sentido dos símbolos.

De acordo com a tradição antiga, "Hermes, é o que preside à palavra, é quem conduz a ciência verdadeira", escreve Jâmblico. De fato, a ideia de um Verbo criador existia entre os egípcios, que chamavam o Sol de o primogênito, o filho de Deus, o Verbo".

Hermes Trismegisto corresponde ao deus egípcio Thot. Os livros de Hermes contêm textos extremamente próximos dos ensinamentos dos Evangelhos. Encontra-se aí um tratado intitulado o Poimandrés (O pastor dos homens) e Cristo é chamado de o Bom Pastor.

No Renascimento, Marcílio Ficino ficou maravilhado com as semelhanças existentes entre as antigas religiões e o cristianismo.

"Um filósofo piedoso, diz ele, nasceu entre os persas, com Zoroastro, e entre os egípcios, com Hermes; depois ele foi encontrado entre os trácios, com Orfeu, entre os gregos, com Pitágoras e, finalmente, os véus que o encobriam foram levantados por Plotino, o primeiro e o único que compreendeu os segredos dos antigos."

"Em Alexandria, todos admitiam uma hierarquia na ordem divina, com um Deus supremo acima de todos", diz Louis Ménard.

Ora, esse é o objetivo principal do ensinamento do Cristo, no 4º Evangelho, tão diferente dos outros três. Com efeito, estes se esforçam por mostrar que Cristo é o Messias esperado pelos judeus, enquanto o 4o. Evangelho declara que Cristo é o Logos, o demiurgo criador de nosso sistema solar. Este é, portanto, essencialmente, o Evangelho dos heleno-cristãos e dos gnósticos, enquanto a gnose é o verdadeiro conhecimento de Deus e dos deuses.

"Não é somente no início do Evangelho de São João, escreve Louis Ménard, que se podem descobrir relações entre o cristianismo e as doutrinas herméticas. A ideia de regeneração ou de renascimento constitui o assunto do terceiro capítulo desse evangelho e de um diálogo de Hermes intitulado: Sermão secreto da montanha. Leem-se aí as mesmas palavras: “Ninguém pode conhecer o reino de Deus se não nascer de novo."

As semelhanças entre o 4º  Evangelho e os livros atribuídos a Hermes Trismegisto mostram que estamos na presença de uma doutrina que encerra as mais altas verdades, as únicas que poderiam restaurar, no mundo, uma filosofia religiosa suscetível de ser aceita por aqueles a quem não satisfazem nem os ensinamentos da ciência materialista, nem as religiões de dogmas tão controvertidos.

R+C

 

 

O QUE É O ESPÍRITO?


O QUE É O ESPÍRITO?


No início de nosso Santa Missa incensamos o Cruz enquanto pronunciamos as palavras "Ao Pai ofereço: Espírito, Alma e Corpo: ao Filho ofereço: Espírito, Alma e Corpo; do Espírito Santo ofereço: Espírito. Alma e Corpo".

Oferecemos o Espírito. Mas, o que vem o ser o Espírito?

Hoje podemos, seguramente, dizer que o Espírito Humano é Vida Consciente, é vido aberto ao TODO, LIVRE, criativa, marcada pela amorosidade e pelo cuidado.

A compreensão clássica diz que o Espírito é um Princípio Substancial, ao lado do outro, material, o corpo. O espírito seria a parte imortal, inteligente, capaz de transcender. Convive um determinado tempo com a outra parte, mortal, opaca e pesada. A morte separa uma da outra, com destinos diferentes: o Espírito para o Além, a Eternidade e o corpo para o Aquém, o pó Cósmico.

A concepção moderna diz: Espírito não é apenas uma substância, mas o MODO DE SER próprio do ser humano, cuja essência é a LIBERDADE: somos seres de liberdade porque plasmamos, mentalizamos, pensamos a vida e o mundo.

A concepção contemporânea, fruto da nova Cosmologia, diz: o Espírito possui a mesma ancestralidade que o Universo. Antes de estar em nós está no Cosmos. Diz, ainda, que Espírito é a capacidade de INTER-RELAÇÃO que todas as coisas guardam entre si. O Universo é cheio de Espírito. Porque é REATIVO. PANRELACIONAL E AUTO-ORGANIZATIVO. Em certo grau, todos os seres participam do Espírito. Só que o Espírito não é exclusividade do ser humano, nem pode ser desconectado do processo evolucionário. O Espírito pertence ao quadro cosmológico e é a expressão mais alta da vida que, por sua vez, é sustentada pelo restante do Universo.

A diferença entre o espírito da montanha e o do ser humano não é de princípio, mas de grau. O princípio funciona em ambos, mas de forma diferente. A singularidade do espírito humano é ser reflexivo e autoconsciente. Pelo espírito, nos sentimos inseridos no TODO a partir de uma parte que é o corpo animado e, por isso, portador da mente.

Se Espírito é relação e vida, seu oposto não é matéria e corpo, mas morte a ausência de relação. Pertence, também, ao Espírito a vontade de encapsulamento, de isolamento e recuso de comunicação com o outro. Mas nunca o consegue totalmente, porque VIVER é, forçosamente, CONVIVER. Mesmo negando, não pode deixar de ESTAR CONECTADO SE CONECTAR. Esta compreensão toma consciente, a nós todos, o ELO que LIGA e RELIGA todos as coisas. Tudo está envolvido no imenso processo complexíssimo da evolução, PERPESSADO, em todas as etapas, pelo Espírito que emerge, cada vez, sob formas diferentes, Inconsciente numas e consciente noutras.

Assim, nesta acepção, ESPIRITUALIDADE toda atitude e atividade que favorece a relação entre as pessoas, que favorece a VIDA, a comunhão, a subjetividade e a transcendência rumo a horizontes cada vez mais abertos. No termo, ESPIRITUALIDADE não é pensar Deus, mas sentir Deus como ELO que PERPASSA todos os seres, interconectando-os e constituindo-os e constituindo eternamente ao Cosmos.

Que as Rosas floresçam em nossas Cruzes.

                                                                              Joannes R+

ROSA-CRUZ

 

ROSA-CRUZ

A Fraternidade Rosa-Cruz não é como qualquer sociedade religiosa - filosófica, científica ou mesmo literária - onde se ingressa, desde que se pague a joia e as mensalidades exigidas pelos respectivos estatutos.

Várias agremiações adotaram este nome ROSA-CRUZ, mas, na sua maioria, nada têm em comum com a antiga e legítima Ordem dos Irmãos Invisíveis.

A autêntica Fraternidade Rosa-Cruz existe em plano espiritual, onde só se consegue acesso após laborioso e perseverante noviciado, em que se faz indispensável a posse de aptidões especiais, o desenvolvimento de faculdades superiores, a conquista de poderes supranormais.

O dinheiro não serve de senha a quem pretenda penetrar no santuário dos seus mistérios, pois, sem que o neófito possua realmente as exigidas capacidades, reveladas pela sua aura, ou por indicação direta do Mestre, perderá o seu tempo e nada conseguirá de positivo.

Encontram-se, é verdade, esparsas pelas cinco partes do mundo, várias lojas onde se obtêm conhecimentos, que permitem realizar a verdadeira Iniciação, que só se verifica sob auspícios de um Mestre e em centros de hierarquia mais elevada.

Não é o regime alimentar, como geralmente se propaga, uma das condições essenciais para ser admitido na Ordem. Efetivamente, quem se nutre de frutos e vegetais, quem se abstém carnes, excitantes e tóxicos, como o álcool e a nicotina, goza de melhor saúde e está, portanto, mais apto a realizar as rigorosas provas do noviciado.

As provas mais importantes, impostas aos candidatos a Rosa-Cruz, assentam justamente na respectiva evolução física, na disciplina simultânea da vontade e da atenção, conquista do autodomínio que lhes assegurará a impassibilidade tão necessária à cultura subjetiva, que lhes permitirá, em suma, tornarem-se verdadeiros super-homens.

A Fraternidade Rosa-Cruz não é, também, um grau da Maçonaria, como muita gente, ainda hoje, supõe, O sublime e generoso ideal dos Irmãos Invisíveis não consiste na conquista do Mundo ou domínio autocrático da Humanidade. As suas ambições foram, sempre, muito elevadas para limitarem-se a coisas tão materiais. A divina missão Rosa-Cruz consiste em contribuir, por todos os meios, para a felicidade do gênero humano, sem distinção de classe, sexo, raça, fortuna, etc.

Pelos caminhos luminosos da Religião, da Filosofia e da Ciência conduz o Homem a culminâncias da Sabedoria, fazendo-o senhor e não escravo das forças da Natureza. Ensina, por exemplo, que o Homem é uma Alma com um corpo e não um corpo com uma Alma e, assim sendo, pode traçar voluntariamente o seu próprio destino.

O sofrimento não é condição exigida para o progresso do Ser Consciente, de sua verdadeira individualidade, como preconizam muitos credos religiosos e muitos dogmas filosóficos. O homem tem direito à felicidade.

Na trajetória da sua evolução, por mais resignado, por mais estoico, caminha instintivamente de olhos voltados para o SOL que o deve guiar a um futuro melhor do que o presente, a urna região superior ao mundo em que vive.

Tem direito à saúde, à paz, à satisfação dos seus nobres desejos e a todos os dons que permitam a prática divina da Fraternidade e o levarão, um dia, à Unidade, à suprema PERFEIÇÃO. ∆

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 AS TRÊS PENEIRAS

Numa pequena casa, no subúrbio, um homem cuidava de sua horta, nos fundos do quintal.

Chega da escola um filho, troca o uniforme, vai ajudar ao pai e conversar. Entre uma conversa e outra, o filho conta os casos da escola.

– Pai, o senhor sabe o que me contaram a respeito do Chiquinho?

– Espere um pouco, interrompeu o pai. O que você vai me contar já passou pelas três peneiras de que lhe falei semana passada?

– Bem, não tenho muita certeza, disse o garoto um pouco embaraçado.

– Vamos então passar a história pela primeira peneira: a Peneira da Verdade. 

– Meu filho, você tem certeza de que o fato é absolutamente verdadeiro?

– Eu não sei. Só sei o que me contaram, papai.

– Então, você não tem certeza. Sua história escoou pelos furos da primeira peneira. Vejamos a segunda peneira: a Peneira da Bondade.

– É alguma coisa que você gostaria que os outros dissessem a seu respeito, meu filho?

– Claro que não, papai!

– A história acabou de escoar pelos furos da segunda peneira. Vamos a terceira peneira: a Peneira da Necessidade.

– Você acha mesmo que é necessário passar adiante essa história sobre o Chiquinho?

– Não papai, o senhor tem razão. Eu não imaginava que passando-a pelas três peneiras não iria sobrar nada dela. Com a sua ajuda vou procurar não mais esquecer disso quando tiver um comentário sobre alguém.

Moral da história: Se as pessoas usassem desses critérios, seriam mais felizes e usariam seus esforços e talentos em outras atividades, antes de obedecer ao impulso de simplesmente passá-los adiante.

* Baseado no conto de As três peneiras de Sócrates.

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A oração na Missa Gnóstica

Em nossa missa gnóstica aprendemos a conhecer um método pelo qual o homem se eleva até as potências divinas do universo: - A oração. 

Pela oração a alma aprende a viver inteiramente em um pensamento, em uma palavra dada pelos grandes mestres da humanidade.

Mergulhando-se inteiramente nesses temas da oração, a alma encontra, durante um instante, a possibilidade de se unir às correntes divinas mantenedoras do universo.

Aquele que ora, mesmo da maneira mais simples, segundo uma ou outra das fórmulas de oração ensinadas pelos guias espirituais da humanidade, aquele que ora e representa, em seu espírito, alguns desses importantes pensamentos; todos nós sabemos que não podem ser quaisquer pensamentos, é preciso que sejam aqueles, dados pelos mestres da sabedoria e da harmonia dos sentimentos; aquele que ora e deixa viver em seu coração essas fórmulas, é inundado por uma corrente vinda das elevadas espiritualidades e penetrado por uma força superior: - E vive nessa força.

Primeiramente, esse exercício, da oração, fortalece, vivifica, eleva as nossas faculdades espirituais habituais, se temos paciência e perseverança, e se deixamos essa força penetrar em nós, até nos permitir um novo controle de nossa vida moral e intelectual. então, vem o momento em que as forças mais profundas, as forças latentes em toda alma humana, podem ser despertadas pelo próprio conteúdo da oração.

Pela oração é que nos elevamos até o nosso deus e nos esforçamos por penetrar nos mundos superiores.

Jesus disse: “pai afasta de mim esse cálice; contanto que a tua vontade seja feita e não a minha”.

Eis a nota fundamental da oração, aí está a atitude que deve ser a de toda a alma, qualquer que seja o motivo de sua oração.

Portanto, o que parece ser apenas uma fórmula de oração, torna-se verdadeiramente para nós humanos, o meio de nos elevarmos em direção aos mundos espirituais e nos dá a possibilidade de sentir deus em nós.

Todo desejo egoísta e voluntário acha-se excluído da oração. “Que tua vontade seja feita e não a minha”.

Esse pensamento leva consigo, um desabrochar, uma fusão da alma com o mundo divino.

     A oração possui uma nuance mais sentimental. por ela, através do pensamento dos grandes condutores da humanidade, experimentamos pôr-nos em harmonia com as correntes divinas animadoras do mundo. A oração nos eleva de uma maneira sentimental.

     Pela oração, buscamos realizar o que pode ser denominada a união da alma com os grandes rios divinos que inundam o universo. o degrau mais elevado é a união mística, a união mística com a divindade.

    A oração dá acesso ao primeiro degrau. porém, jamais, poderíamos unir-nos com Deus, nem colocarmos em relação com os seres do mundo superior, se nós não nos derivássemos de tais seres superiores.

                                                                                  R+C


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O INCENSAMENTO

Vários ritos de  tradições diferentes conservaram inúmeros vestígios das Iniciações antigas, porque a Verdade é uma, e é prudente que se conserve o que é bom onde quer que haja sido encontrado, a própria Igreja Católica guardou o uso dos perfumes ritualistas, e especialmente do incenso. Veem-se incensamentos profusamente repetidos nas suas cerimônias, especialmente todas as vezes que é útil exprimir-se a adoração, mostrar, por uma imagem viva, a oração que se eleva do coração dos fiéis sob o impulso do fogo que é caridade, e veemente amor de Deus. É nesta concepção que a arte cristã criou tantos maravilhosos incensórios que representam o coração cheio do fogo do amor divino e que, por vezes, aparentam a forma de uma igreja ou de uma cidadela, a fim de representar a comunhão dos fiéis unidos num mesmo sentimento de adoração e de fé.

Estas formas ritualistas não são naturalmente feitas para todos. No entanto, não se suponha que o uso dos incensamentos seja interdito aos particulares, que, ao invés, podem deles haurir grande força e servir-se utilmente para afastar os maus fluidos e outras influências perniciosas capazes de os perturbar fisicamente ou psiquicamente.

A ação dos perfumes, e sobretudo do incenso, é grande quer sobre si, quer em torno de si mesmo. Produz efeitos físicos e morais tanto sobre quem os queima, como sobre aqueles a cujo favor foi o incensamento. Estes efeitos são os mesmos de que falam os rituais egípcios.

Como todos os perfumes lançados ao fogo, o vapor aromático do incenso tem o poder de fazer vibrar ao redor de quem o queima um ar mais puro, livre de miasmas e de influências astrais impuras e pesadas. Quando se respira o seu perfume, sente-se que uma força dele emana e tange como poderoso leque tudo o que era mau em nós e em derredor de nós. Assim é que aconselhamos os incensamentos sobre si mesmo e ao redor de si, a todos os que se sentem numa atmosfera má e mesmo aos que se deixam muito facilmente obsedar por um pensamento, ou mau, ou somente fadigante pela sua continuidade. 

Fácil é constatar-se que o vapor do incenso age em tomo de si, por exemplo, nas casas, da mesma sorte que age sobre as pessoas e é bom queimar incenso nos apartamentos que se vão habitar de novo, não conhecendo sendo imperfeitamente as ações e vibrações dos que aí nos precederam. Muitos aborrecimentos, às vezes graves aborrecimentos, seriam evitados, se tomasse esta precaução, pois ainda mesmo sem serem totalmente impuras e más, as emanações de certas pessoas são completamente discordantes das nossas, do que resulta um mal-estar, que pode ter serias repercussões físicas e morais. E bom que se restabeleça a harmonia pelo poder do perfume.

Mas não convém somente preocupar-se com o seu próprio bem. O que fazemos por nós mesmos, fá-lo-emos melhor ainda e mais utilmente pelos outros. Empregamos cotidianamente os vapores de incenso para levar a calma as almas perturbadas e, por este meio, muitos tem se curado. Conforme os casos, empregamos ou o incenso puro, ou uma mistura de incenso, de mirra e de benjoim, que tem poderosos efeitos para "afastar os maus fluidos", como foi dito das unções no milenário ritual egípcio.

Queimado ao redor de um doente o incenso, só ou misturado cria um novo campo de indução para um magnetismo melhor dissipa as influências nefastas, que hajam sido enviadas conscientemente por uma força inimiga, ou que haja aparecido espontaneamente em um ser muito enfraquecido para poder subtrair-se ao seu poder. Afasta o espírito das obsessões que fatigavam e, muitas vezes, produz o sono e, ao menos, a calma que permite conciliar o sono. Assim, dessa maneira, favorece a cura, a renovação das forças superiores, o corpo físico do doente chega a receber as vibrações e as irradiações que lhes são favoráveis, desde que provem das forças amigas.

Quando se faz arder incenso numa casa, é conveniente fazê-lo sempre à mesma hora, de forma a criar um ritmo que traz sempre um poder novo e multiplicado à ação que se intentou. É bom que essa hora seja a mais calma possível, de sorte que vibração alguma estranha não venha perturbar a irradiação que queremos emitir. Por isso é que se deve escolher a mais favorável, evitando que haja circunstâncias especiais, como a volta de trabalhadores ou de escolares que fariam muito barulho.

Os nossos estudantes que fazem, suas práticas devocionais, fariam bem, à hora mais propicia, em queimar incenso, a fim de que, na tranquilidade que nasce desse perfume, a emissão de seu pensamento seja mais forte e mais regular, mais apta, por conseguinte, a se unir à egrégora rosa-cruz.

Além disso, este excelente aroma cria um ambiente favorável na casa, uma atmosfera de união e de doçura, um ambiente propício aos trabalhos intelectuais e espirituais.

Para que o incenso queimado de resultados de uma eficácia maior, convirá magnetizá-lo por si mesmo ou fazê-lo magnetizar. Com efeito, o magnetismo dá mais força e, especialmente, uma direção mais certa aos eflúvios e às irradiações que se quer emitir. É necessário que este magnetismo seja feito com fé e ardor e com a finalidade bem clara do efeito que se quer obter. Da mesma forma, ter-se-á uma calma mais profunda, uma atmosfera mais sã e mais pura, uma saúde física e moral mais irradiante e que permitirá derramar ao redor de si uma parte dos benefícios que se terão recebido.

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A NATUREZA INTEGRAL DO HOMEM

Os antigos gregos tinham na cidade de Delfos um famoso templo, em cuja fachada encontrava-se gravada a seguinte sentença: "HOMEM, CONHECE A TI MESMO". Diz-se que, no interior do mesmo, uma outra completava o mandamento: "PORQUE CONHECERÁS A DEUS" Realmente, toda a existência da alma, em suas inumeráveis existências temporárias, nada mais é que o processo de chegar a conhecer a si mesma e, com isso, realizar integralmente a sua inerente natureza divina.

São Paulo, o grande apóstolo e iniciado cristão, em uma de suas epístolas, afirmava que o homem é CORPO, ALMA e ESPÍRITO. Essa definição está inteiramente de acordo com o Esoterismo de todas as grandes religiões e consta de outros textos sagrados, muitas vezes, com outras palavras e, algumas vezes, sob símbolos ou alegorias. O ser humano combina todos esses aspectos e podemos entender outro que a citada apresentação do fundador do Cristianismo entendia: o homem é Matéria ou Corpo; Consciência, ou Alma e Vida, ou Espírito.

Esotericamente, em relação à natureza da consciência e da matéria, o homem é um ser sétuplo, como tudo no universo, porque tanto a consciência em suas manifestações como a matéria em sua constituição, apresentam-se em sete modalidades vibratórias, por meio de sete instrumentos veículos ou, mais comumente, corpos.

O Espírito, divino em essência, é UNO com tudo que existe no cosmo, daí resultando a doutrina da UNIDADE DE TODA A VIDA, divulgada em muitas obras a partir do final do século passado e constante, inclusive, das próprias instruções do fraternidade rosa-cruz. 

Porém, o ser humano, deve passar por inúmeras, incontáveis formas mesmo antes de tornar-se um ser consciente e, depois disso, até a sua total iluminação espiritual. Por outro lado, esses corpos, como o aspecto da matéria naquela definição paulina, são da mesma constituição do que são chamados planos da natureza, ou seja, tais veículos são construídos da mesma matéria do plano respectivo, por exemplo, o corpo físico é constituído da matéria desse plano, o mais ínfimo, nas suas apresentações nos estados sólido, líquido e gasoso. E dividido em duas partes; essa chamada DENSA e a outra, de estados etéricos, formando o corpo vital com seus "chacras"

No estado atual da evolução atingido pela humanidade, a grande maioria já desenvolveu esse veículo até um certo ponto bem adiantado tendo, porém, à sua frente, novos avanços. Vem em seguida, interpenetrando, em graus vibratórios mais sutis, esse plano cuja matéria torna possível a manifestação das sensações, dos desejos e das emoções, chamado de Astral ou Emocional. Sabe-se que a grande massa da humanidade ainda está desenvolvendo-o, desde as mais inferiores condições. Mais acima, em graus mais adiantados ou sutis, vem o Plano mental, dividido em duas seções: uma denominada "mental concreto", a inferior, porque o "mundo" de nossos pensamentos comuns, analisando, separando, avaliando, etc., e a outra, mais elevada, chamada "abstrata", que é o plano dos ideais, de uma consciência maior das coisas. Nessa parte do plano, aprendemos que está localizado o EU SUPERIOR, como um reflexo da Centelha Divina, a verdadeira natureza do Ser.

Mais acima do mental, vem o chamado Intuicional, também dito Búdico ou Crístico, porque é o mundo da unidade, da qual o Senhor Cristo é o símbolo universal. Intuição aqui não significa o comum processo mental que, pelas nossas experiências acumuladas, nos faz chegar a conclusões ou a conceitos instantâneos, mas é o sentido de uma percepção, como diríamos, mais imediata da verdade ou da verdadeira natureza das coisas. Acima desses ainda são encontrados mais planos, cuja complexidade impede de tratar num breve texto como esse. Porém, devemos entender que os mais elevados, acima do físico, interpenetram os abaixo. Talvez possamos dizer que Jesus a eles se referiu, ao afirmar: "NA CASA DE MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS".

Para encerrar, voltamos ao início, compreendendo pelo menos em parte aquele significado de conhecermo-nos a nós mesmos para compreender a Deus, porque somos o que o mesmo iniciado afirmava:

VOS NÃO SABEIS? VÓS SOIS DEUSES, SOIS FILHOS DO ALTÍSSIMO". Recordemos sempre isso.

D.M.C

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