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Os Mestres

OS MESTRES

Dizeis que a cada passo ouvis falar de Mestres, que as revistas espiritualistas os citam com frequência, que tendes amigos que têm o seu Mestre, mas que jamais vistes a sombra de um.

Para que possais ver um Mestre é necessário que estejam abertas as portas de vossa percepção espiritual, e, enquanto isso não sucede, ainda que vivais ao lado de um Mestre, ainda que ele no mundo material pareça ser o vosso amigo mais íntimo, não o vereis nem o reconhecereis como tal.

E depois, para que vos serviria um Mestre ? Que ireis pedir-lhe ? Êxito na vida?

Por certo, já muito pedistes a presença de um Mestre, mas em vão. E a razão é bem simples; um Mestre é um Ser Sublime, superior a toda ideia que possamos ter. Que utilidade teria para nós a sua presença, uma vez que seriamos incapazes de compreender seus fins e objetivos ? Nos que somos a personificação do egoísmo, da vaidade, e do amor-próprio, quando eles, ao contrário, são a mais perfeita expressão do Amor Universal do desinteresse e do altruísmo, levados a limites inconcebíveis.

As crianças das escolas primárias têm professores adequados às suas necessidades. Uma preleção de Einstein seria para elas incompreensível e absurda. E que interesse teria por sua vez Einstein de ensinar num jardim de infância? O presidente de uma grande empresa industrial apenas tem contato com os membros da diretoria e funcionários de categoria. Não se vai dirigir por certo aos operários ou a simples funcionários descuidando dos seus deveres para preocupar-se com tarefas que podem perfeitamente ser desempenhadas por seus subordinados.

Assim como em toda organização humana há ordem. Hierarquia Oculta, que é a expressão de Deus no Universo, as coisas estão constituídas com a mesma ordem, método e lógica. A perfeição é absoluta e reina a mais rigorosa ordem. A hierarquia não é uma palavra, é a própria natureza viva. Cada um tem o seu posto, sua missão que deve executar com o máximo de cuidado e atenção. As crianças, sob o ponto de vista espiritual, são orientadas por seus instrutores adequados, que por sua vez são assistidos por outros mais adiantados, e assim sucessivamente. Todos, sem exceção, consciente ou inconscientemente frequentam centros de instrução, onde lhes são proporcionadas experiências e circunstâncias que lhes permitam o mais rápido e harmonioso desenvolvimento das qualidades de sua alma, às vezes nem sempre de acordo com a conveniência da Evolução. Mui raramente os desejos da personalidade são compatíveis com as necessidades do Ego. O pai nem sempre pode satisfazer todos os desejos do filho, porque possuindo a experiência e uma ampla visão, sabe o que realmente convém à criança.

Os mestres existem na realidade e muitos discípulos têm privilégio do seu contato.

A vida do discípulo não é, certamente, uma vida de êxito e felicidade, mas uma vida de abnegação, renúncia, de boa vontade, de altruísmo e de uma obediência perfeita à vontade do Senhor. A vida do discípulo deve ser impessoal, de aspiração constante e de luta incessante para alcançar a meta. Esse é o caminho, e, se perseverardes, podeis estar absolutamente certos de que, sem dúvida alguma, encontrareis primeiramente vosso instrutor, e depois o vosso MESTRE.

DMC


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Hermes
Hermes Trismegisto

Hermetismo e Joanismo

Os livros atribuídos a Hermes Trismegisto constituem o reflexo, o resultado de um ensinamento primitivo, cujos ecos são encontrados na religião egípcia antes de sua alteração; pois, no tempo de Heródoto, os sacerdotes egípcios já não compreendiam mais o sentido dos símbolos.

De acordo com a tradição antiga, "Hermes, é o que preside à palavra, é quem conduz a ciência verdadeira", escreve Jâmblico. De fato, a ideia de um Verbo criador existia entre os egípcios, que chamavam o Sol de o primogênito, o filho de Deus, o Verbo".

Hermes Trismegisto corresponde ao deus egípcio Thot. Os livros de Hermes contêm textos extremamente próximos dos ensinamentos dos Evangelhos. Encontra-se aí um tratado intitulado o Poimandrés (O pastor dos homens) e Cristo é chamado de o Bom Pastor.

No Renascimento, Marcílio Ficino ficou maravilhado com as semelhanças existentes entre as antigas religiões e o cristianismo.

"Um filósofo piedoso, diz ele, nasceu entre os persas, com Zoroastro, e entre os egípcios, com Hermes; depois ele foi encontrado entre os trácios, com Orfeu, entre os gregos, com Pitágoras e, finalmente, os véus que o encobriam foram levantados por Plotino, o primeiro e o único que compreendeu os segredos dos antigos."

"Em Alexandria, todos admitiam uma hierarquia na ordem divina, com um Deus supremo acima de todos", diz Louis Ménard.

Ora, esse é o objetivo principal do ensinamento do Cristo, no 4º Evangelho, tão diferente dos outros três. Com efeito, estes se esforçam por mostrar que Cristo é o Messias esperado pelos judeus, enquanto o 4o. Evangelho declara que Cristo é o Logos, o demiurgo criador de nosso sistema solar. Este é, portanto, essencialmente, o Evangelho dos heleno-cristãos e dos gnósticos, enquanto a gnose é o verdadeiro conhecimento de Deus e dos deuses.

"Não é somente no início do Evangelho de São João, escreve Louis Ménard, que se podem descobrir relações entre o cristianismo e as doutrinas herméticas. A ideia de regeneração ou de renascimento constitui o assunto do terceiro capítulo desse evangelho e de um diálogo de Hermes intitulado: Sermão secreto da montanha. Leem-se aí as mesmas palavras: “Ninguém pode conhecer o reino de Deus se não nascer de novo."

As semelhanças entre o 4º  Evangelho e os livros atribuídos a Hermes Trismegisto mostram que estamos na presença de uma doutrina que encerra as mais altas verdades, as únicas que poderiam restaurar, no mundo, uma filosofia religiosa suscetível de ser aceita por aqueles a quem não satisfazem nem os ensinamentos da ciência materialista, nem as religiões de dogmas tão controvertidos.

R+C

 

 

O QUE É O ESPÍRITO?


O QUE É O ESPÍRITO?


No início de nosso Santa Missa incensamos o Cruz enquanto pronunciamos as palavras "Ao Pai ofereço: Espírito, Alma e Corpo: ao Filho ofereço: Espírito, Alma e Corpo; do Espírito Santo ofereço: Espírito. Alma e Corpo".

Oferecemos o Espírito. Mas, o que vem o ser o Espírito?

Hoje podemos, seguramente, dizer que o Espírito Humano é Vida Consciente, é vido aberto ao TODO, LIVRE, criativa, marcada pela amorosidade e pelo cuidado.

A compreensão clássica diz que o Espírito é um Princípio Substancial, ao lado do outro, material, o corpo. O espírito seria a parte imortal, inteligente, capaz de transcender. Convive um determinado tempo com a outra parte, mortal, opaca e pesada. A morte separa uma da outra, com destinos diferentes: o Espírito para o Além, a Eternidade e o corpo para o Aquém, o pó Cósmico.

A concepção moderna diz: Espírito não é apenas uma substância, mas o MODO DE SER próprio do ser humano, cuja essência é a LIBERDADE: somos seres de liberdade porque plasmamos, mentalizamos, pensamos a vida e o mundo.

A concepção contemporânea, fruto da nova Cosmologia, diz: o Espírito possui a mesma ancestralidade que o Universo. Antes de estar em nós está no Cosmos. Diz, ainda, que Espírito é a capacidade de INTER-RELAÇÃO que todas as coisas guardam entre si. O Universo é cheio de Espírito. Porque é REATIVO. PANRELACIONAL E AUTO-ORGANIZATIVO. Em certo grau, todos os seres participam do Espírito. Só que o Espírito não é exclusividade do ser humano, nem pode ser desconectado do processo evolucionário. O Espírito pertence ao quadro cosmológico e é a expressão mais alta da vida que, por sua vez, é sustentada pelo restante do Universo.

A diferença entre o espírito da montanha e o do ser humano não é de princípio, mas de grau. O princípio funciona em ambos, mas de forma diferente. A singularidade do espírito humano é ser reflexivo e autoconsciente. Pelo espírito, nos sentimos inseridos no TODO a partir de uma parte que é o corpo animado e, por isso, portador da mente.

Se Espírito é relação e vida, seu oposto não é matéria e corpo, mas morte a ausência de relação. Pertence, também, ao Espírito a vontade de encapsulamento, de isolamento e recuso de comunicação com o outro. Mas nunca o consegue totalmente, porque VIVER é, forçosamente, CONVIVER. Mesmo negando, não pode deixar de ESTAR CONECTADO SE CONECTAR. Esta compreensão toma consciente, a nós todos, o ELO que LIGA e RELIGA todos as coisas. Tudo está envolvido no imenso processo complexíssimo da evolução, PERPESSADO, em todas as etapas, pelo Espírito que emerge, cada vez, sob formas diferentes, Inconsciente numas e consciente noutras.

Assim, nesta acepção, ESPIRITUALIDADE toda atitude e atividade que favorece a relação entre as pessoas, que favorece a VIDA, a comunhão, a subjetividade e a transcendência rumo a horizontes cada vez mais abertos. No termo, ESPIRITUALIDADE não é pensar Deus, mas sentir Deus como ELO que PERPASSA todos os seres, interconectando-os e constituindo-os e constituindo eternamente ao Cosmos.

Que as Rosas floresçam em nossas Cruzes.

                                                                              Joannes R+

ROSA-CRUZ

 

ROSA-CRUZ

A Fraternidade Rosa-Cruz não é como qualquer sociedade religiosa - filosófica, científica ou mesmo literária - onde se ingressa, desde que se pague a joia e as mensalidades exigidas pelos respectivos estatutos.

Várias agremiações adotaram este nome ROSA-CRUZ, mas, na sua maioria, nada têm em comum com a antiga e legítima Ordem dos Irmãos Invisíveis.

A autêntica Fraternidade Rosa-Cruz existe em plano espiritual, onde só se consegue acesso após laborioso e perseverante noviciado, em que se faz indispensável a posse de aptidões especiais, o desenvolvimento de faculdades superiores, a conquista de poderes supranormais.

O dinheiro não serve de senha a quem pretenda penetrar no santuário dos seus mistérios, pois, sem que o neófito possua realmente as exigidas capacidades, reveladas pela sua aura, ou por indicação direta do Mestre, perderá o seu tempo e nada conseguirá de positivo.

Encontram-se, é verdade, esparsas pelas cinco partes do mundo, várias lojas onde se obtêm conhecimentos, que permitem realizar a verdadeira Iniciação, que só se verifica sob auspícios de um Mestre e em centros de hierarquia mais elevada.

Não é o regime alimentar, como geralmente se propaga, uma das condições essenciais para ser admitido na Ordem. Efetivamente, quem se nutre de frutos e vegetais, quem se abstém carnes, excitantes e tóxicos, como o álcool e a nicotina, goza de melhor saúde e está, portanto, mais apto a realizar as rigorosas provas do noviciado.

As provas mais importantes, impostas aos candidatos a Rosa-Cruz, assentam justamente na respectiva evolução física, na disciplina simultânea da vontade e da atenção, conquista do autodomínio que lhes assegurará a impassibilidade tão necessária à cultura subjetiva, que lhes permitirá, em suma, tornarem-se verdadeiros super-homens.

A Fraternidade Rosa-Cruz não é, também, um grau da Maçonaria, como muita gente, ainda hoje, supõe, O sublime e generoso ideal dos Irmãos Invisíveis não consiste na conquista do Mundo ou domínio autocrático da Humanidade. As suas ambições foram, sempre, muito elevadas para limitarem-se a coisas tão materiais. A divina missão Rosa-Cruz consiste em contribuir, por todos os meios, para a felicidade do gênero humano, sem distinção de classe, sexo, raça, fortuna, etc.

Pelos caminhos luminosos da Religião, da Filosofia e da Ciência conduz o Homem a culminâncias da Sabedoria, fazendo-o senhor e não escravo das forças da Natureza. Ensina, por exemplo, que o Homem é uma Alma com um corpo e não um corpo com uma Alma e, assim sendo, pode traçar voluntariamente o seu próprio destino.

O sofrimento não é condição exigida para o progresso do Ser Consciente, de sua verdadeira individualidade, como preconizam muitos credos religiosos e muitos dogmas filosóficos. O homem tem direito à felicidade.

Na trajetória da sua evolução, por mais resignado, por mais estoico, caminha instintivamente de olhos voltados para o SOL que o deve guiar a um futuro melhor do que o presente, a urna região superior ao mundo em que vive.

Tem direito à saúde, à paz, à satisfação dos seus nobres desejos e a todos os dons que permitam a prática divina da Fraternidade e o levarão, um dia, à Unidade, à suprema PERFEIÇÃO. ∆

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